Pela história conclui-se que
1a. Um dos ministros mais bem penteados deste governo afinal só governa habitualmente de 3ª a 5ªf. De 6ªf a 2ªf trata da sua vida, metendo fim de semana alargado - tratando mesmo da sua vidinha (os negócios do seu escritório de advogado no Porto) às 6ªf e 2ªf. Ao mesmo tempo, a politica de austeridade do seu governo apela a mais horas de trabalho, acabar com feriados e pontes e reduzir os salários dos trabalhadores.
1b. Ou será que estava a tratar dos negócios de Estado no seu escritório de advocacia? Nesse caso a promiscuidade entre o público e privado (em especial em algumas sociedades de advocacia) estará a ultrapassar limites inimagináveis.
2. E para isso não se hesita em repetidamente estacionar em cima do passeio, em grosseira transgressão. Ao mesmo tempo que a sanha persecutória do Estado se tem agravado, das multas de transito à pressão do fisco e à redução de beneficios e das facilidades dos cidadãos, para o agente do poder tudo são facilidades.
3. E ainda por cima um cidadão que fotografe tal situação parece ser tomado como uma ameaça à segurança do Estado e de todos nós. Já chegava da promiscuidade bem conhecida e documentada das figuras gradas deste governo com as secretas - mas nesta história vai-se muito para além disso e banaliza-se a proteção discricionária aos agentes do poder.
Claro que o causidico-fotografo-amador lá terá as suas razões muito pessoais (e profissionais!) para pôr em xeque o seu estimado colega. Mas ao faze-lo está a prestar um serviço aos portugueses.
Haverá "cenas dos próximos capítulos"?
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